Muito interessante e gratificante foi essa experiência!
Relato de uma experiência mediúnica no plano astral
Há alguns anos atrás, eu meditava tranquilamente quando fui levada, em projeção mental, a uma grande senzala numa antiga fazenda do Brasil.
Ali havia, mais ou menos, uns 150 escravos, nas mais diversas condições de sofrimento. O lugar era escuro, úmido, frio e fedido.
Me foi explicado que aqueles seres – desencarnados, claro – estavam presos naquela realidade. Eles não sabiam sobre a abolição, não sabiam que tinham morrido, não sabiam que estavam livres.
Eles acreditavam que aquela era a realidade deles e ainda viviam nela como se a vida ali ainda fosse uma vida física real.
Enquanto observava aquela cena, sem entender exatamente o que eu estava fazendo ali, alguém se aproxima e me pede para ajudar, fazendo a ponte entre eles (os escravos) e as Equipes Espirituais de Resgate e Encaminhamento, que tentavam há muito tempo resgatá-los, sem muito sucesso.
A partir daquele dia, ao longo de aproximadamente 3 meses, todos dias eu entrava em estado meditativo, me projetava mentalmente e ia para aquela realidade.
Me acompanhava sempre um lindo, alto e forte negro, vestia uma roupa de linho branco, bem simples, ao estilo das roupas usadas pelos escravos.
E na minha mente, vinha o seguinte pensamento: este parece ser um tipo de líder negro, já desperto, que assumiu para si mesmo a responsabilidade de libertar os seus, mesmo nos mundos astrais.
Ele tinha em seu olhar extrema bondade. Irradiava muita paz e segurança. E eu sentia nele a Compaixão por aqueles escravos.
Nunca me importei em saber quem ele era e nem mesmo perguntei o seu nome. (Quando estamos projetados, muitas coisas deixam de ter importância.)
Ele chegava todos os dias e juntos nos transportávamos para aquela realidade. Ali, eu fazia o que tinha para fazer e era trazida de volta.
Quais eram as instruções?
Fui instruída, pelo líder negro, a me colocar participativa na realidade deles, com a finalidade de não assustá-los, uma vez que não compreenderiam o que estava a ocorrer, pois acreditavam “piamente” que continuavam a viver num mundo de escravaturas.
Segundo as instruções daquele lindo Ser negro, eu deveria agir como se eu fosse uma pessoa a favor da libertação, uma espécie de abolicionista, que estava ali para ajudá-los, pois esta seria a única forma que eu conseguiria me aproximar deles com certa facilidade.
Os escravos presos naquela senzala eram bastante desconfiados. A princípio não permitiam que eu me aproximasse e precisei primeiramente conquistar a confiança.
Um período “surreal”: em que realidade eu estava?
Surreal foi aquele período. Conforme eu adentrava mais e mais ali, percebi que não apenas os escravos estavam “presos” na senzala astral. Havia também os capatazes e ainda outros, talvez funcionários e moradores daquela antiga fazenda – eram chamados de “os brancos”.
Enfim, uma realidade completa, com todos os seus personagens.
Percebi que enquanto eu me concentrava nos escravos, havia uma equipe encarregada de atuar junto aos “brancos”.
Havia momentos em que eu estava tão dentro daquela realidade, que por diversas vezes ficava um tanto confusa. Nestes momentos, eu não sabia mais qual era a minha “real” realidade, por alguns segundos.
E aquele que eu considerava o líder negro desperto, sempre a me acompanhar, a me instruir e a me trazer de volta no momento certo.
Me sentia segura e amparada por ele.
Quais eram as minhas ações?
Aconteceram ali muitas coisas. Foram 3 meses com muitos eventos astrais e se eu fosse descrever todos os detalhes, escreveria mais um livro que um post.
Mas, o que eu fazia naquela senzala era basicamente levar Luz ao local. Eu buscava me aproximar de todos, ajudava a curar feridas, trazia elementos que os fortalecia, colocava os escravos – aparentemente doentes – a andar e, especialmente, eu deveria conscientizá-los sobre a situação que estavam vivendo: uma realidade não mais necessária.
Informava-lhes sobre a abolição dos escravos., contando a eles essa parte da nossa história. Eu os avisava que estavam livres e que seriam levados para um lugar melhor, onde seriam cuidados e se recuperariam totalmente. Pedia insistentemente que confiassem.
Pouco a pouco, percebia que a senzala se clareava, não estava mais tão escura e comecei a receber ajuda também daqueles que, dentre eles, passaram a confiar em mim, conseguiram me entender e aderiram á minha tarefa.
Eu trabalhava num nível, enquanto o líder negro e seus amigos atuavam em outros níveis.
E, pouco a pouco, alguns foram tomando consciência da Luz e daquele líder negro, tão lindo, que sempre me acompanhava. Isto trouxe bastante confiança para a maioria.
O Portal de Encaminhamento, finalmente!
E assim se deu, até que num certo dia, já me preparando para minha “surreal tarefa” diária, o líder negro se aproximou e disse:
-”Hoje é um importante dia, venha comigo.”.
Fui levada à parte de fora daquela senzala. Um descampado relativamente grande, como se fosse uma clareira aberta no meio de algumas construções antigas, um local típico de uma fazenda inativa há tempos.
E ele explicou-me: – “Vamos abrir aqui um enorme Portal de Luz, que vai permanecer aberto apenas por 10 minutos do seu tempo. Vou ancorar a abertura, enquanto você traz todos para cá.”.
O resgate:
E lá fui eu!
Sai correndo, avisando:
- “Bom Dia, Bom dia!!! Vamos saindo rápido! É o dia da libertação!”.
E grande movimentação se fez ali. Havia os que ainda estavam bem fracos e não conseguiam andar. Havia os que ainda estavam a desconfiar. Todos se ajudavam mutuamente. Eu ajudava a carregar alguns – ainda sem forças, conversava com outros ainda desentendidos e desconfiados, convencendo-os a sair dali.
- “Confiem, confiem! Vamos! Rápido!”, dizia eu, num tom de voz bem alto.
Os escravos e “os brancos” iam sendo levados para aquela espiral, não apenas por mim, mas também por outros tantos que estavam envolvidos naquela “tarefa surreal”.
Eles entravam na espiral de Luz e iam desaparecendo nela.
Fiz o “check de saída”, garantindo que não havia ninguém mais ali.
Um Grande Final!
Rapidamente, me foi permitido ver para onde eram levados e vi que foram todos recebidos num lugar lindo, por Seres mais lindos ainda, muitos deles negros também!
Pude sentir o grande alívio que todos sentiam com aquele resgate: escravos, “os brancos”, e toda a Equipe Espiritual atuante.
O líder negro agradeceu a ajuda e os seguiu, fechando-se o portal atrás dele.
Ufa! Encerrava-se a minha tarefa!
Quem era o Líder negro?
Nunca mais o vi. Mas a Sua Presença foi tão marcante, que nunca me esqueci daquele rosto. E me perguntava, vez ou outra, quem seria ele afinal?
E eis que um dia, muitos anos depois, me deparo com uma gravura de um lindo Ser negro, vestindo uma roupa branca de linho, bem ao estilo dos escravos, com uma única diferença: uma capa violeta por cima.
Viva!!! Descobria, finalmente e com grande alegria, quem era o lider negro: Mestre Ascencionado Afra, defensor dos africanos espalhados por todos os cantos da Terra!
Era ele! Revia na gravura, aquele grande Amigo que me instruiu, me protegeu e me amparou naqueles 3 meses de intenso e surreal trabalho espiritual!
Foi Ele quem se empenhou tanto em resgatar os escravos presos no astral daquela senzala, que agora já não existe mais!
Sou muito grata por essa oportunidade, que guardo com muito carinho na minha memória.
E para os que me escrevem, perguntando se há Mestres Ascencionados Negros, eu respondo:
- “Há muitos e muitos! Eu mesma conheci um deles pessoalmente e vi, de longe, muitos outros!”.
Luz e Paz,
Tania Resende
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