30 setembro, 2011

O CUMPRIMENTO DAS LEIS


Não vim destruir a lei. Jesus (Mt, 5:17)



Nos tempos atuais do mundo, a cada dia surgem numerosas leis que pretendem normatizar as relações sociais dos indivíduos, as relações empresariais ou as relações internacionais. Outras leis tombam, ao mesmo tempo, revogadas por não mais atender às necessidades das áreas para as quais foram criadas.

Leis que foram feitas para manter privilégios de famílias reais ou imperiais tiveram que tombar perante o insurgimento dos povos, face à ilegitimidade ou mesmo à imoralidade daqueles estatutos.

Leis que estabeleciam a cidadania, consignando direitos e deveres de todos e de cada um foram bem-vindas, dando melhor configuração às relações da sociedade.

Leis que conferiam poderes discricionários para determinadas categorias de homens contra outros homens tiveram que cair diante dos movimentos sociais que, desejosos de eliminar privilégios e abusos oligárquicos ou grupais, expuseram as próprias vidas em favor de uma vida melhor para o futuro.

Leis que aboliram sistemas escravistas, alevantando a pessoa para os degraus da dignificação onde devia estar, foram bem-vindas nas sociedades em que foram firmadas, anunciando tempos novos nas interações humanas.

Leis que propugnavam pela perseguição dos opositores dos mandatários, enquanto ofereciam premiações a bajuladores e fâmulos covardes, quanto oportunistas, foram derrotadas e substituídas tão logo se foi desenvolvendo o amadurecimento dos legisladores dotados de mais nítida visão dos fundamentos da vida social.

Leis que favoreciam qualquer cidadão a concorrer a cargos públicos, por concursos ou sufrágio popular, foram bem-vindas por significar o exercício da justiça que estabelece a igualdade de direito entre pessoas de uma sociedade.

É francamente perceptível que a verdadeira justiça ainda não é a virtude mais apreciada em todas as sociedades do mundo.

Reconhecem-se, em incontáveis países, a força do arbítrio de consciências dominadoras, governando pela força das armas ou pelo intelecto mal conduzido, ou, ainda, pela troca de favorecimentos imorais ao arrepio de quaisquer venerandas leis existentes.

Encontram-se povos que ainda suportam a fome de alimentos, num mundo onde triunfa o desperdício e o mau uso dos bens públicos, a despeito de qualquer legislação, por mais lúcida que seja.

Ainda se vê, nos dias da atualidade, o domínio de povos sobre povos por causa de criminosos interesses no seu subsolo, nas suas riquezas culturais ou em suas posições estratégicas para fins beligerantes ou comerciais.

Tudo isso, porém, terá que passar um dia conforme os ensinamentos de Jesus.

Todas as leis de exceção desaparecerão da Terra logo que tenham desaparecido os motivos que levaram indivíduos ou sociedades a se inscrever em difíceis processos de expiação.

Como a cada um será concedido conforme suas obras, o Cristo não veio para quebrar a ordem vigorante no Universo, e a lei de causa e efeito faz parte dessa ordem, respondendo pela Justiça Divina.

No entanto, para poupar os justos dos efeitos drásticos do desequilíbrio humano, os tempos serão abreviados, em atendimentos aos preceitos da Misericórdia do Alto, diminuindo as agruras, as asperidades desses dias difíceis.

As leis de Deus, que Jesus não veio descumprir, são de perfeita justiça mas, igualmente, de perfeito amor. Nelas nenhum privilégio, nenhuma concessão indevida.

Jesus Cristo é Aquele que não veio destruir as leis divinas. Veio, em verdade, dar-lhes execução, desarticulando as leis humanas que, em oposição aos preceitos do Criador, ainda semeiam sombras, ainda impõem brutalidade e apóiam a indignidade com que são tratadas tantas comunidades indefesas.



(De Quem é o Cristo?, de J. Raul Teixeira, pelo Espírito Francisco de Paula Vitor Ed. Fráter.





SILENCIA E ESPERA









No tumulto das inquietações da Terra, é provável encontres igualmente os desafios que se erigem por testes de compreensão e serenidade, no caminho de tantos companheiros de experiência.

Quanto possível, habitua-te a entesourar paciência, com a qual disporás de suficientes recursos para adquirir as forças espirituais de que necessitarás, talvez, para a travessia de grandes provas, sem risco de soçobro nas correntes do desespero.

*

Provavelmente ainda agora estarás suportando a incompreensão de pessoas queridas, em forma de prevenções e censuras indébitas; entretanto, se o assunto diz respeito unicamente ao teu brio pessoal, cala-te e espera.

*

Se amigos de ontem transformaram-se em adversários de tuas melhores intenções, tolera as zombarias e remoques de que te vês objeto e de nada te queixes.

*

Diante de criaturas que te golpeiem conscientemente a vida, impondo-te embaraços e desilusões, desculpa e esquece, renovando os próprios pensamentos na direção dos objetivos superiores que pretendas alcançar.

*

E ainda mesmo que agressões e ofensas te firam nos recessos da alma, sugerindo-te duros acertos de conta, à face da manifesta injustiça com que te tratem, não passes recibo nas afrontas que te sejam endereçadas e nada reclames em teu favor.

*

Não piores situações em que alguém te coloque, não te revoltes, nem te lastimes.

Silencia e espera, porque Deus e o Tempo tudo esclarecem, restabelecendo a verdade, e, para que os irmãos enganados ou enrijecidos na ignorância se curem das ilusões e das crueldades a que se entregam, bastar-lhes-á simplesmente viver.



(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Calma)



Um amor além do tempo

Até onde vai a sua capacidade de amar? Por quanto tempo você continuaria a amar alguém que desaparecesse de sua vida?



Foi a inimaginável condição de amar daquela mulher chinesa que chamou a atenção da jornalista.



Quando entrou em sua sala, para a entrevista, as roupas tibetanas que portava exalavam um cheiro forte de pele de animal, leite azedo e esterco.



Era uma indumentária, ao mesmo tempo vestuário, mochila, esteira e travesseiro.



A túnica era provida de bolsos internos para livros e dinheiro. O lado de dentro da cintura da túnica escondia dois grandes sacos de couro, destinados a acondicionar comida para as viagens.



Para dormir, a túnica servia de esteira e os grandes sacos de couro de coberta.



Ela havia se casado nos idos de 1958. Menos de 100 dias depois, seu marido, um médico do exército chinês de libertação do povo, foi mandado para o Tibete.



Dois meses depois, ele foi dado como perdido.



A jovem esposa de 26 anos se recusou a aceitar a sua perda daquela forma e decidiu partir à sua procura.



Por onde andaria seu amor? Teria ela que resgatá-lo de alguma condição muito ruim?



Decidida, se juntou ao exército, na qualidade de médica. Era a única forma de viajar para o Tibete, naqueles anos difíceis.



Andou por terras montanhosas, habitadas por uma mistura de mongóis, tibetanos e chineses.



Shu Wen se tornou budista tibetana e procurou seu amor, durante 30 anos.



Experimentou o que era viver em silêncio, experienciou severas condições de vida, sentiu-se esmagar pela altitude, pelo vazio da paisagem...



O que terá sofrido aquela jovem, enquanto os anos lhe amadureciam a personalidade e lhe deixavam áspera a pele e trêmulas as mãos?



Ela testemunhou a incrível engenhosidade do povo tibetano, que consegue viver com escassos recursos.



Viu comida escondida na terra congelada para ser recolhida depois, madeira armazenada embaixo de pedras para servir de combustível, pedras empilhadas para indicar direções.



Conheceu homens que costuravam e mulheres multicoloridas que tilintam.



Porque as roupas tibetanas são feitas à base de couro e metal, costurá-las é um trabalho fisicamente pesado, pelo que é, principalmente, uma ocupação masculina.



E as mulheres tibetanas, não importa quão pobres sejam, dão grande importância às suas jóias. Por isso, onde quer que vão, quando se movem, lá está o tilintar de sininhos e guizos.



Trinta anos de peregrinação por regiões inóspitas, enfrentando frio, fome, solidão. Sempre adiante.



Uma mulher que aprendeu a se defender do tempo, da maldade e alimentou a sua busca com a doçura do amor reservado para quem era o objeto de todas suas andanças: o marido.



* * *



Nesses dias, em que os relacionamentos conjugais parecem tão frágeis, em que os consórcios se desfazem por tudo e por nada, o exemplo dessa mulher leva a concluir que o verdadeiro amor não morre nunca.



O verdadeiro amor tudo vence, porque guarda a certeza de que o ser amado é credor inconteste de sua dedicação, paixão, luta e esperança.



Pensemos nisso.







Redação do Momento Espírita com base no cap.

25 de junho de 2004, do livro O que os chineses

não comem, de Xinran, ed. Companhia

das Letras.

Em 16.08.2008.

Tenham um dia repleto de paz!

ESCUTE SUA ALMA






Os Cabalistas afirmam que a maioria de nós foge do que tem que realizar nesta vida, encontrando desculpas para evitar fazer o trabalho espiritual para o qual nascemos.



Os sábios revelam que quando um homem, que tenha evitado a espiritualidade, comparecer perante o Criador e lhe for perguntado por que não mudou, ele sacará da sua sacola de desculpas: "Eu estava muito ocupado tentando sobreviver", "Fui uma boa pessoa", "Eu não sabia que o Senhor realmente existia". Deus então lhe dirá: "Você tem todas as desculpas, mas não realizou nem perto do suficiente nesta vida. Agora você tem que voltar ao mundo e fazer mais".



O que é que existe na nossa natureza humana que faz com que evitemos nos estender? A resposta é simples: quando o trabalho espiritual parece compulsório, resistimos. Como você reage quando alguém diz que você deve fazer alguma coisa? As chances são de que você reaja contra aquilo. O mesmo acontece quando dizemos a nós mesmos que "devemos fazer"



Vamos apagar o "devemos" do nosso vocabulário.



O motivo por que fazemos trabalho espiritual é o nosso próprio beneficio. E é importante lembrar que nossa alma encarnou por uma razão específica. A Cabala ensina que o ponto principal em sermos humanos reside em nos transformar.









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ESPIRITUALIDADE - "UM CAMINHO DE TRANSFORMAÇÃO"

Agora cabe colocar diretamente a pergunta: afinal, o que é espiritualidade?



Uma vez fizeram esta pergunta ao Dalai-Lama e ele deu uma resposta extremamente simples:

“Espiritualidade é aquilo que produz no ser humano uma mudança interior”.



Não entendendo direito, alguem perguntou novamente:

- Mas se eu praticar a religião e observar as tradições, isso não é espiritualidade?



O Dalai-Lama respondeu:

- Pode ser espiritualidade, mas, se não produzir em você uma transformação, não é espiritualidade.



E acrescentou:

- Um cobertor que não aquece deixa de ser cobertor.



Então atalhou a pessoa:

- A espiritualidade muda ou é sempre a mesma coisa?



E o Dalai-Lama falou:

- Como dizem os antigos, os tempos mudam e as pessoas mudam com ele. O que ontem foi espiritualidade hoje não precisa mais ser.

O que em geral se chama de espiritualidade é apenas a lembrança de antigos caminhos e métodos religiosos.



E arrematou:

- O manto deve ser cortado para se ajustar aos homens. Não são os homens que devem ser cortados para se ajustar ao manto.



Parece-me que o principal a ser retido desse pequeno diálogo com o Dalai-Lama é que espiritualidade é aquilo que produz dentro de nós uma mudança.



O ser humano é um ser de mudanças, pois nunca está pronto, está sempre se fazendo, física, psíquica, social e culturalmente.



Mas há mudanças e mudanças.

Há mudanças que não transformam nossa estrutura de base.

São superficiais e exteriores, ou meramente quantitativas.



Mas há mudanças que são interiores.

São verdadeiras transformações alquímicas, capazes de dar um novo sentido à vida ou de abrir novos campos de experiência e de profundidade rumo ao próprio coração e ao mistério de todas as coisas.



Não raro, é no âmbito da religião que ocorrem tais mudanças.

Mas nem sempre.



Hoje a singularidade de nosso tempo reside no fato de que a espiritualidade vem sendo descoberta como dimensão profunda do humano, como o momento necessario para o desabrochar pleno de nossa individuação e como espaço da paz no meio dos conflitos e desolações sociais e existenciais.







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ESPIRITUALIDADE? O QUE É ISTO?

Uma das palavras mais usadas nestes últimos tempos

Uma das palavras mais usadas nestes últimos tempos é espiritualidade, porque nos faz muita falta para o equilíbrio de nossa vida.



Dizem os psicólogos que quando se fala muito de uma coisa é porque não a possuímos e portanto somos carentes do que falamos.



Não sei se esta teoria está certa, não é minha especialidade. O que posso dizer é que a espiritualidade não é uma teoria que preenche o coração de ninguém. Para que a espiritualidade se torne algo de pessoal e de amado deve sair do papel e do campo das idéias e se fazer vida. Somente quem vive olhando para o alto, não se deixando escravizar pelas coisas da terra pode lentamente tornar-se uma pessoa espiritual.



Devemos evitar o espiritualismo que nos impede de compreender que a ação é o caminho certo de toda forma de espiritualidade.



Se um dia você tiver a oportunidade de visitar uma livraria do aeroporto ou rodoviária ou qualquer outra livraria você fica espantado em ver tantos livros que são denominados de espiritualidade, mas que na verdade não passam de pequenas e às vezes insignificantes orientações emocionais e psicológicas que não atingem o verdadeiro sentido da vida.



No respeito para todos estes autores que fazem um bem imenso aos que lêem, discordo de tudo isto porque me parece que não pode existir uma autêntica espiritualidade sem uma referência explícita a determinados valores fundamentais como a defesa da vida, da paz, dos direitos humanos.



A busca da espiritualidade não pode prejudicar a ninguém, mas deve nos ajudar a ser cada vez mais livres da matéria e senhores do nossos instintos.



Verdadeira espiritualidade é fruto de uma luta corajosa, forte, onde ficamos feridos, arranhados e sangrando mas não desistimos da luta. Um dos textos que mais me ajudam como aprender a verdadeira e autêntica espiritualidade é a carta de São Paulo aos gálatas.



Ele nos recorda a beleza da nossa vocação, deste caminho espiritual que devemos percorrer e que devemos sempre ter presente na vida. 'fostes chamados para a liberdade”. Somente quem busca a autêntica liberdade se aventura no caminho espiritual.



A liberdade não é como normalmente se entende dentro da linguagem das pessoas no dia a dia. Livre é quem faz o que quer e como bem entende.



Há muitos autores que dizem: “tenho o direito de ser feliz e de buscar a minha felicidade e realização, portanto até que não encontre vou buscando, não importa se isto me faz romper os laços da família, do amor, dos compromissos do matrimônio ou do relacionamento familiar, o que vale é a minha felicidade.



” Na verdade nunca seremos felizes se nos deixarmos dominar pelo egoísmo que está em nós. A liberdade é um sonho duro a ser conquistado e que vai exigindo muito de nós. Esta liberdade nos leva à verdadeira espiritualidade do amor. Mais reflito sobre o amor e menos sei, e no entanto me parece que com os anos que vão chegando o compreendo mais. Mesmo quem sabe porque a memória dos fracassos me faz ver em outra perspectiva o mesmo amor que devo conquistar.



Perceber a necessidade do amor para viver uma dimensão de vida que não pode ser “espiritualização” de nada, mas sim somente espiritualidade autêntica e vital. Será o mesmo Paulo que vai apresentando uma lista interminável de frutos da carne.



São 15 nomeados e outros que ele não nomeia. E todos são causas de perturbações que nos afastam do valor fundamental da vida. Há quem acha que viver a feitiçaria ou espiritualismo é espiritualidade, ou quem vive até rancores e domínio dos outros...



Pensa que para dominar os demais se necessite de uma forte espiritualidade. Não há dúvida que são visões distorcidas da verdadeira e autêntica espiritualidade. Não podemos confundir a espiritualidade no sentido católico do termo, esta não pode Ter outro alicerce a não ser Cristo Jesus.



Existem várias espiritualidades: budista, muçulmana, hinduista, judaica... são janelas pelas quais as pessoas vêem a vida. Mas nós queremos ver a vida pela janela do evangelho e do coração de Deus, por isso o único alicerce de toda a espiritualidade é a palavra de Deus que nos alimenta em cada momento.



Paulo diz que os que vivem os frutos da carne não podem entrar no reino de Deus.



Não é necessário termos todos os frutos da carne, é suficiente ter um que nos domine, para não termos acesso à mesma vivência do reino. Um fruto influencia toda a nossa vida e nos escraviza.



Os frutos do Espírito, que são o sinal do autocontrole e do senhorio de nós mesmos, nos fazem entrar na verdadeira liberdade. Quais são estes frutos do Espírito?



Os frutos do espírito são: caridade, alegria, paz, longanimidade, afabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, continência. Contra estes não há Lei.(Gl 5, 22-23)



Aqueles que vivem estes frutos do espírito não tem mais lei porque são orientados pelo amor e quem ama sabe que jamais poderá fazer o mal nem a si mesmo e nem aos outros.



São João da Cruz, na sua visão de liberdade e de plenitude da vida, ensina que quem chega no cimo do monte encontra somente a honra e a glória de Deus, e que para o justo não há lei...O justo tem uma única lei que o orienta, o amor. Este não lhe permite mais ser escravo de nada e de ninguém (Estado de Nirvana).



O caminho da verdadeira espiritualidade é um processo de libertação interior onde tudo está debaixo do poder da nossa liberdade e que nada mais poderá nos impedir de sermos livres no nosso agir.



Na espiritualidade então percebemos que é necessário superar as ideologias mágicas que não realizam nada em nós. Por exemplo, a espiritualidade dos perfumes, das cores, do incenso queimado ou das novenas feitas somente pelo intuito de receber a graça e nada mais.



São espiritualidades vazias e sem fundamento. É preciso que o Espírito encontre em nós uma resposta e se faça carne.



Deus nos dá um espaço de tempo para viver a nossa espiritualidade e somente neste espaço de vida que somos chamados a realizar o seu projeto de amor.



Não há nada de reencarnação e de caminhos de volta para nos purificar e chegar assim “à iluminação”. É aqui e agora que a nossa vida deve se realizar. Não há outras vidas e nem outra existência a não ser a vida eterna que se conquista no dia a dia duro e difícil do nosso carregar a cruz, e na luta sem trégua contra o mal que está dentro e fora de nós.



Mas afinal o que é espiritualidade? É um estilo de vida pautado pelo evangelho que visa a imitar a pessoa de Jesus. Seremos espirituais quando pudermos dizer com sinceridade com Paulo apóstolo: “não sou mais eu que vivo mas é Cristo que vive em mim.”



Frei Patrício Sciadini, ocd.



13/08/2003 - 08h00

29 setembro, 2011

PESSOAS SURPREEDENTES









Um rapaz de vinte e dois anos adentra o palco do Koreas Got Talent. Programas semelhantes existem, com versões mais ou menos parecidas, em vários países do mundo.

E, vez ou outra, pessoas muito especiais ali comparecem.

Elas têm um sonho, desejam seguir uma carreira, mudarem o rumo da própria vida.

Com Choi Sung-Bong não foi diferente. Abandonado aos três anos de idade, ele viveu em um orfanato até aos cinco anos. Fugiu, confessa, depois de ter apanhado de pessoas responsáveis pela instituição.

Por dez anos, viveu pelas ruas. Vendia chicletes e bebidas. Dormia em escadas e banheiros públicos. Sempre que encontrava, nas ruas, aulas gratuitas de música, ele comparecia.

Fez o supletivo para o ensino fundamental e teve seu primeiro contato com a escola, ao iniciar o ensino médio.

Hoje, trabalha como servente de pedreiro. Seu sonho é se tornar um cantor. Um sonho que foi despertado de estranha maneira.

Certa feita, estando a vender chicletes em uma casa noturna, ele viu um cantor no palco, se apresentando.

A música animada o envolveu e ele ficou fascinado pelo que fazia aquela pessoa no palco. Decidiu: seria cantor.

Conta ele que viveu momentos muito duros em sua vida. Chegou a ser vendido a pessoas inescrupulosas.

Esse jovem, de experiências amargas, guarda doçura na voz e humildade na sua apresentação. Nota-se-lhe a timidez ao falar.

Também o nervosismo, frente ao microfone, apertando os olhos e os lábios, vez que outra.

Ele confessa que, quando canta, se sente outra pessoa. E, realmente, quando abriu sua boca para interpretar a música de Ennio Morricone, no idioma italiano: Nella Fantasia, a emoção tomou conta da plateia e dos julgadores.

Era mesmo outra pessoa. Um cantor interpretando uma canção, com alma e coração.

O sem família, que viveu anos pelas ruas, trabalha, estuda e persegue seu sonho. Não há amargura na sua voz.

Há a doçura de quem crê num mundo bom, conforme os próprios versos da canção que elegeu para sua apresentação e cuja tradução nos diz:

Nesta fantasia eu vejo um mundo justo.

Ali todos vivem em paz e em honestidade o sonho das almas que são sempre livres, como as nuvens que voam, cheias de humanidade.

Na fantasia existe um vento quente, que sopra pela cidade como amigo. Eu sonho que as almas são sempre livres...

* * *

Ante histórias tão comoventes como esta, continuamos a afirmar: o mundo melhor já está presente entre nós.

Almas que não elegem a vingança, nem o ódio ou a mágoa para si. Criaturas que olham mais para o futuro do que para o passado de dores.

Seres que sonham com um mundo claro, onde a noite é menos escura, onde as almas são livres como as nuvens que voam, cheias de humanidade...

Irmanemo-nos a essas pessoas, vivendo de forma positiva, fazendo o melhor das nossas vidas para o bem de todos os que conosco convivem e se nos acercam.



Redação do Momento Espírita, com base em vídeo do programa Koreas Got Talent.

Em 27.09.2011.



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A ESCRITURA DO EVANGELHO





Para refletirmos.






Quando Jesus recomendou a pregação da Boa-Nova, em diversos rumos, reuniu-se o pequeno colégio apostólico, em torno dEle, na humilde residência de Pedro, onde choveram as perguntas no inquérito afetuoso.



– Mestre – disse Filipe, ponderado –, se os maus nos impedirem os passos, que faremos? caber-nos-á recurso à autoridade punitiva?



– Nossa missão – replicou Jesus, pensativo – destina-se a converter maldade em bondade, sombra em luz. Ainda que semelhante transformação nos custe sacrifício e tempo, o programa não pode ser outro.



– Mas... – obtemperou Tomé –, e se formos atacados por criminosos?



– Mesmo assim – confirmou o Cristo –, nosso ministério é de redenção, perdoando e amando sempre. Persistindo no bem, atingiremos a vitória final.



– Senhor – objetou Tiago, filho de Alfeu –, se interpelados pelos fariseus, amantes da Lei, que diretrizes tomaremos? São eles depositários de sagrados textos, com que justificam habilmente a orgulhosa conduta que adotam. São arguciosos e discutidores. Dizem-se herdeiros dos Profetas. Como agir, se o Novo Reino determina a fraternidade, isenta da tirania?



- Ainda aí – explicou o Messias Nazareno –, cabe-nos testemunhar as idéias novas. Consagraremos a Lei de Moisés com o nosso respeito. Contudo, renovar-lhe-emos o sentido sublime, tal qual a semente que se desdobra em frutos abençoados. A justiça constituirá a raiz de nosso trabalho terrestre. Todavia, só o espírito de sacrifício garantir-nos-á a colheita.



Verificando-se ligeira pausa, Tadeu, que se impressionara vivamente com a resposta, acrescentou:



– E se os casuístas nos confundirem?



– Rogaremos a inspiração divina para a nossa expressão humana.



– Mas, que sucederá se o nosso entendimento permanecer obscuro, a ponto de não conseguirmos registrar o socorro do Alto? – insistiu o apóstolo.



Esclareceu Jesus, sorridente:



– Será, então necessário purificar o vaso do coração, esperando a claridade de cima.



Nesse ponto, André interferiu, perguntando:



– Mestre, em nossa pregação, chamaremos indistintamente as criaturas?



– Ajudaremos a todos, sem exigências – respondeu o Salvador, com significativa inflexão na voz.



– Senhor – interrogou Simão, precavido –, temos boa vontade, mas somos também fracos pecadores. E se cairmos na estrada? E se, muitas vezes, ouvirmos as sugestões do mal, despertando, depois, nas teias do remorso?



– Pedro – retrucou o Divino Amigo -, levantar e prosseguir é o remédio.



- No entanto – teimou o pescador – e se a nossa queda for tão desastrosa que impossibilite o reerguimento imediato?



– Rearticularemos os braços desconjuntados, remendaremos o coração em frangalhos e louvaremos o Pai pelas proveitosas lições que houvermos recolhido, seguindo adiante...



– E se os demônios nos atacarem? – Interrogou João, de olhos límpidos.



– Atraí-los-emos à gloria do trabalho pacífico.



– Se nos odiarem e perseguirem? – comentou Tiago, filho de Zebedeu.



- Serão amparados por nós, no asilo da oração.



– E se esses inimigos poderosos e inteligentes nos destruírem? – inquiriu o filho de Kerioth.



– O espírito é imortal – elucidou Jesus, calmamente – e a justiça enraíza-se em toda parte.



Foi então que Levi, homem prático e habituado à estatística, observou, prudente:



– Senhor, o fariseu lê a Tora, baseando-se nas suas instruções; o saduceu possui rolos preciosos a que recorre na propaganda dos princípios que abraça; o gentio, sustentando as suas escolas, conta com milhares de pergaminhos, arquivando pensamentos e convicções dos filósofos gregos e persas, egípcios e romanos... E nós? a que documentos recorreremos? Que material mobilizaremos para ensinar em nome do Pai Sábio e Misericordioso?...



O Mestre meditou longamente e falou:



– Usaremos a palavra, quando for necessário, sabendo porém que o verbo degradado estabelece o domínio das perturbações e das trevas. Valer-nos-emos dos caracteres escritos na extensão do Reino do Céu. No entanto, não ignoraremos que as praças do mundo exibem numerosos escribas de túnicas compridas, cujo pensamento escuro fortalece o império da incompreensão e da sombra. Utilizaremos, pois, todos os recursos humanos, no apostolado, entendendo, contudo, que o material precioso de exposição da Boa-Nova reside em nós mesmos. O próximo consultará a mensagem do Pai em nossa própria vida, através de nossos atos e palavras, resoluções e atitudes...



Pousando a destra acentuou:



- A escritura divina do Evangelho é o próprio coração do discípulo.



Os doze companheiros entreolharam-se, admirados, e o silêncio caiu entre eles, enquanto as águas cristalinas, não longe, refletiam o céu imensamente azul, cortado de brisas vespertinas que anunciavam as primeiras visões da noite...





pelo Espírito Irmão X - Do livro: Luz Acima, Médium: Francisco Cândido Xavier.





LÍNGUA – PAULO VIOTTI









A autora espiritual pede para ser identificada.



Amiga alvissareira,

Das leiras humanas,

Nós nas cordas,

Do digno guapo,

Da nobre guerreira.



Que fazem de ti,

Ave cantante,

Descansa nos néscios,

Silencia no amante,

Embeleza o bem-te-vi.



Ácido n´alma,

Lancina mente,

Condena inocentes,

Envaidece bufões,

Afasta a calma.



Denota alegria,

Desabafa dores,

Externa rancores,

Destrói e cria,

Belos amores.



Arma do infames,

Meio dos cultos,

Confusão em espíritos,

Danos na alma,

Chicote de insepultos.



Meio da prece,

Também do elogio,

Pimenta que arde,

Corações genuínos,

Desvia do plantio, da messe.



Usada por Moisés,

Disciplinador fiel,

Usado por Jesus,

Olhos de mel,

Portanto servos da luz.



Homem amigo,

Trate-a com respeito,

Não como inimigo,

Nem com desdém,

Conduza-a ao bem.



Se não sabemos,

Calemos,

Se não controlamos,

Pensemos,

Se assim não agimos, a alma abala.



Estudemos, a vida, almas errantes,

Se não somos doutores,

Sejamos tropeiros,

Calemos a insensata fala,

Cantemos em belos berrantes.



Seja nossa língua ambrosia,

Buscando aquecer amores,

Declinemos solerte da Crítica,

Que trará por certo dores,

Sejamos mecanismo de alegria.



Quem fala muito,

É Conviva dos irracionais,

Não canta como araponga,

Nem rulha com os pombos,

Afastando-se dos imortais.



Não vejo necessidade,

De provar nomes e estética,

Amigos, Cristãos ou não,

Guardemos o fel da insana verve,

Vivamos em paz sob a égide da ética.



Paulo Viotti, com a ajuda dos amigos espirituais (Cora Coralina 1889-1985)





AMA E ESPERA



Emudece o teu pranto. Cala o grito

De revolta na dor que te encarcera,

Por mais negra, mais rude, mais sincera,

A mágoa estranha de teu peito aflito.



Em toda a Terra há lágrimas e conflito,

Ruínas do mundo que se desespera...

Ama e sofre, trabalha e persevera

Na esperança de paz e de infinito.



Peregrino do campo atormentado,

Rompe os elos e as trevas do passado,

Fita a luz do porvir resplandecente.



Muito além do terrível sorvedouro,

Nas estradas liriais de acanto e louro,

O sol do amor refulge eternamente.



(Francisco Cândido Xavier por Cruz e Souza. In: Através do tempo. Psicografia em reunião pública, dia 4/9/1946, no Centro Espírita de Lavras, cidade de Lavras, Minas Gerais)





DECISÕES PRECIPITADAS





FALAMOS DEMAIS, OUVIMOS DE MENOS!

DISCUTIMOS MUITO, DIALOGAMOS POUCO E

TOMAMOS DECISÕES PRECIPITADAS EM NOSSAS VIDAS.



"Esteja pronto para ouvir, seja tardio para falar e mais tardio ainda para irar-se.."

CALMA PARA O ÊXITO POR DIVALDO P. FRANCO.











Em todos os passos da vida, a calma é convidada a estar presente.



Aqui, é uma pessoa tresvairada, que te agride...







Ali, é uma circunstância infeliz, que gera dificuldade...







Acolá, é uma ameaça de insucesso na atividade programada...







Adiante, é uma incompreensão urdindo males contra os teus esforços...







É necessário ter calma sempre.







A calma é filha dileta da confiança em Deus e na Sua justiça, a

expressar-se numa conduta reta que responde por uma atitude mental

harmonizada.







Quando não se age com incorreção, não há por que temer-se

acontecimento infeliz.







A irritação, alma gêmea da instabilidade emocional, é responsável por

danos, ainda não avaliados, na conduta moral e emocional da criatura.







A calma inspira a melhor maneira de agir, e sabe aguardar o momento

próprio para atuar, propiciando os meios para a ação correta.







Não antecipa, nem retarda.







Soluciona os desafios, beneficiando aqueles que se desequilibram e sofrem.





Preserva-te em calma, aconteça o que acontecer.





Aprendendo a agir com amor e misericórdia em favor do outro, o teu

próximo, ou da circunstância aziaga, possuirás a calma inspiradora da

paz e do êxito.



* * *

Fonte: Mensagem recebida por e-mail





"Não há pessoa no mundo que saiba ou que possa compreender o que já fiz em minha vida. E não há pessoa no planeta q possa fazer como eu fiz. (Gilles de Rais)"

28 setembro, 2011

OS FILHOS QUEREM COLO...

Na sexta feira,12 de maio, uma amiga do meu filho pulou do 8º andar do prédio onde morava na Rua Emiliano Perneta.

Tinha acabado de almoçar, estava com o uniforme do Bom Jesus, e a mochila nas costas, o que indicava que iria retornar ao colégio, pois nas quartas e sextas eles têm aula o dia todo.

Foi um choque para todos os colegas!

Aí vem a pergunta: Por quê?

Ela tinha apenas 15 anos. Que problemas uma menina de 15 anos pode ter?

Fiz esta pergunta ao meu filho, e a resposta me deixou chocada...

Ele me disse:

- Mãe, eu acho que era falta de colo.

Questionei:

- Como assim?

E ele me disse:

- Hoje em dia, os pais trabalham praticamente o dia todo, sempre com a mesma desculpa de que querem dar aos filhos tudo aquilo que nunca tiveram e, na maioria das vezes, eles estão conseguindo. Eles estão dando um estudo no melhor colégio, cursos de idiomas, dinheiro para gastar no shopping, um computador de última geração pro filho ficar enfiado em casa durante o pouco tempo livre que sobra, roupas, tênis, celular, tudo muito caro, etc... E sempre cobrando da gente boas notas, pois estão investindo muito... Não era melhor então ter comprado ações, depositado na poupança, ou sei lá onde? Na maioria das vezes, os pais não têm mais tempo para os filhos, não conversam mais, não fazem um carinho... Quando a gente chega em casa, o que mais quer é o colo da mãe quando vai mal nas provas, ou quando acontece alguma coisa ruim.Por que você acha que hoje os adolescentes são quase todos revoltados? Na maioria das vezes, eles estão querendo chamar a atenção, ser notados, só que no lugar errado e de forma errada: na rua e com violência. Espero que a morte da Isa não tenha sido em vão, pois quem sabe desta forma muitos pais vão repensar suas atitudes para com seus filhos! Não somos máquinas, não somos todos iguais. Não é porque o filho da vizinha tira só dez que todos nós vamos tirar 10...Talvez, nem todos nós queiramos falar inglês!

Depois de me falar tudo isso em prantos, ele me abraçou e disse, olhando nos meus olhos:

- Mãe, obrigado por eu poder contar sempre com você nos maus momentos...Obrigado, também, pelas broncas, pois sei que mereço.

O tempo e o amor são os melhores investimentos que se faz pelos seus filhos, o resto é conseqüência.
 
Desconheço o Autor
Fonte: Mensagem recebida por e-mail

26 setembro, 2011

ASHTAR SHERAN - ARREBATAMENTO, PORTAIS E QUETAIS (Discernimento Consciencial X Devaneios Apocalípticos) - POR WAGNER BORGES - (Consultor da revista UFO)



Há muitos grupos esperando supostas mensagens dos seres do espaço (e o nome de Ashtar Sheran já virou "franquia espacial"), mas que não prestam atenção na vida que passa. É o pessoal que "viaja na maionese psíquica", sempre procurando uma fuga da realidade e usando sua suposta motivação ufológica para devaneios misticóides ou apocalípticos.



Alguns grupos esperam algum asteróide chupão para separar o joio do trigo (e eles sempre se julgam o trigo, e o resto da humanidade é o joio); outros esperam que os extraterrestres baixem por aqui só para salvar o seu grupinho do fim do mundo (ou seja, morrem de medo de morrer e se acham escolhidos de alguma coisa); e outros citam o apocalipse bíblico ou algum outro calendário catastrófico para justificar suas profecias funestas, esquecendo do aqui e agora da vida - e qual calendário, desse ou daquele povo, poderá transformar alguém imaturo em sábio? Ou mesmo regular absolutamente o destino da humanidade, já que o tempo é relativo?



Ou seja, essas pessoas e grupos (que sempre esperam a salvação vir de fora e nunca a evolução de sua consciência por dentro, pelo próprio esforço e ampliação da lucidez e do bom senso) estão falando de catástrofes e asteróides chupões, mas não prestam atenção nos asteróides emocionais que já estão causando a destruição de sua inteligência, por dentro do universo de si mesmos, que eles nunca olham.



Sim, há diversos asteróides viajando dentro delas: são os seus pensamentos negativos, os seus devaneios egóicos de se acharem escolhidos da nova era e as suas emoções cheias de medo. A maior catástrofe já está dentro delas mesmas: não conhecem as estrelas de seu próprio universo interior. Por isso, procuram fora, tentando preencher o vazio consciencial de dentro.



Se ocorrer alguma coisa séria no mundo, e daí? Ninguém morre mesmo! Então, por que muitas pessoas que militam nesses estudos ficam falando de profecias mortais e não de vida e imortalidade?



A conclusão é óbvia: esse pessoal não tem certeza da própria imortalidade. Pois, se tivessem, dariam uma banana para isso tudo!



E outra coisa: paraíso e inferno são estados de consciência internos. São portáteis: cada um carrega o seu por dentro. Logo, para qual paraíso externo alguém seria arrebatado por ETs? E os que estão com medo disso ou daquilo, já não estão no inferno de suas dúvidas e aflições?



Alguns falam que a Terra sairá de órbita, mas eles mesmos já estão fora de órbita... perdidos no espaço de si mesmos, cheios de asteróides, profecias e medos.



Outros tremem de medo de espíritos, que são desencarnados daqui mesmo, gente nossa, que apenas mora em outros planos de manifestação. E daí eu pergunto:



- Também não teriam medo de ETs, que são gente de fora?



E pergunto mais, usando o discernimento para isso:



- Que calendário poderá mandar na minha consciência?



- Se eu não for feliz, por dentro, que ser de fora poderá me fazer feliz?



- Seja o ET (Ashtar Sheran ou qualquer outro), o anjo, o guia espiritual, o mestre tal, o avatar da nova era, Buda ou Jesus, quem poderá viver por mim? Quem poderá passar pelas experiências que preciso para amadurecer? Quem poderá andar ou evoluir em meu lugar? Eles podem até ajudar, iluminando nossa jornada, mas jamais caminharão por nós, nem retirarão as provas da senda, pois são elas que testam nossa têmpera e qualidade de ser.



- Se um portal de luz se abrir, mas a consciência não se abrir, por sintonia de objetivos, de que isso adiantará?



- Se a pessoa tem medo, então já há um portal aberto dentro dela mesma: é o portal do temor. Então, por que ela não fecha esse portal de dentro, em lugar de esperar algum poder superior abrir um portal luminoso por fora? E que sintonia haveria entre o seu portal medroso e o portal celeste lá de cima?



- Fala-se muito por aí em transição planetária e abertura de portais celestes. Porém, eu pergunto: transição é transformação. O ser humano está sujeito a muitas experiências e quebras de paradigmas a todo momento. Logo, cada experiência, quando acompanhada de quebra de paradigmas antigos e estagnados, já não é uma transição? E precisa de portal para isso, não basta a própria inteligência e sensibilidade?



Estamos todos nós em transição constante. Cada dia é um novo dia, cheio de oportunidades de crescimento, por aqui mesmo, na boa e velha Terra. Cada dia é um recomeço. Cada coração é um portal do Divino, pois o Todo está em tudo!



Matéria é energia condensada e energia é matéria em estado radiante. Logo, tudo é energia em graus variados de densidade. Tudo é energia. Ou, como os antigos iniciados herméticos ensinavam: "TUDO É LUZ!"



Portanto, alguém feliz já tem um portal aberto em si mesmo: é o portal da alegria. E se tem certeza da própria imortalidade (e de todos, também), então só aumenta o motivo dessa alegria. E portando algo assim dentro do próprio coração, como poderia ter medo do futuro, seja ele qual for? Como poderia falar de fim de alguma coisa, sabendo que nada tem fim, nada morre? O futuro está em aberto, sempre relativo, e depende do que fizermos no presente, pois não há efeito sem causa. O passado é absoluto, já era, não muda. Mas o amanhã está sendo construído agora mesmo, em cada pensamento que engendramos, em cada atitude que tomamos. Por isso, o momento atual é chamado de presente. Sim, é um presente mesmo, pois é nele que podemos corrigir os erros (com as lições aprendidas do passado, jamais com auto-culpa, que prende a pessoa ao passado, jamais com medo de ser feliz) e arquitetarmos um futuro melhor, por discernimento e sentimentos melhores. Com ou sem asteróide, com ou sem portal, com Ashtar Sheran, Buda, ou Jesus, ou sem eles, todos nós precisamos aprender muito, independentemente de qualquer causa fora de nós mesmos. Isso é básico! É óbvio! Precisamos crescer! Vamos evoluir!



Se o ET, o mestre ou guru de alguém disse isso ou aquilo, não importa! Com eles ou sem eles, precisamos crescer muito. E temos o Todo dentro de nossos corações.



Não existe raça ou ser humano escolhido por poderes celestes: todos somos irmãos; todos somos energia; todos somos luz!



Terrestre é só o corpo físico, que nasce, cresce e morre na Terra. O espírito pertence às estrelas, de onde, talvez, venham os ETs, também nossos irmãos, pois são expressões do mesmo Todo que está tudo.



Se vem asteróide, por fora, pouco importa. Estou bem por dentro, para qualquer situação. Se o mundo vai acabar algum dia, eu não sei! Só sei que eu não acabo, nem hoje ou amanhã. Sou eterno por natureza, em espírito. Eu sei disso, e não posso provar para os outros, mas estou tranqüilo! A certeza disso em mim já me basta para não ter medo de ser feliz, aqui e agora, e amanhã também, com corpo denso ou sutil, na Terra ou algures... sempre bem comigo mesmo, sempre lúcido na senda evolutiva, sempre com o coração e na mente abertos a tudo o que for positivo e voltado para o bem comum da humanidade como um todo.



Que alegria! Não sou guru nem discípulo de nada. Não sou escolhido de poder algum, pois carrego um monte defeitos e ainda vou errar muito por aí. Contudo, mesmo assim, já estou contente com o que o pouco de discernimento que tenho já me mostrou da vida, nesse e em outros planos. Já me basta o amor que carrego no coração.



Esse mesmo amor que move os ETs, os anjos, os mestres, os avatares e a todas as pessoas, mesmo que elas não o percebam conscientemente. Esse mesmo amor que inspira a viver, amar, aprender, sorrir e seguir...



Paz e Luz, para todos, sem distinção de raça ou credo, terrestres e extraterrestres, encarnados e desencarnados, pois o Todo está em tudo, e em todos.



Sejamos felizes, mesmo que os outros não entendam o porque. Somos luz!



Na Terra, ou em qualquer outro lugar onde a vida nos colocar, não façamos por menos: somos consciências imortais. E basta saber isso para ser feliz.



Penso que é isso que uma consciência evoluída diria aos homens da Terra, seja ela chamada de Ashtar Sheran, irmão do espaço ou comandante sei lá do que...



Concluo estas reflexões, citando um ensinamento maravilhoso da sabedoria hermética, que tem servido de base para muitas coisas que penso e escrevo:



"O INEFÁVEL É INVISÍVEL AOS OLHOS DA CARNE, MAS É VISÍVEL À INTELIGÊNCIA E AO CORACÃO."

- Hermes Trismegistro, In "Corpus Hermeticus" - Antigo Egito.



(Texto publicado na revista UFO)





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Wagner Borgesu é um médium e projetor brasileiro, sendo considerado na comunidade espiritualista brasileira como o principal divulgador do espiritualismo universalista no Brasil.[carece de fontes?]




Projetor-pesquisador, professor, conferencista e escritor.

Ex-colaborador do Prof. Waldo Vieira no extinto Centro da Consciência Contínua e na confecção da primeira edição do tratado Projeciologia: panorama das experiências fora do corpo, de 1986.

Fundador do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas - IPPB. http://www.ippb.org.br

Colaborador das Revistas "Sexto Sentido", "Espiritismo e Ciência", "Revista Cristã de Espiritismo" e "UFO", bem como do "Jornal de Umbanda Sagrada".

Membro do Conselho Editorial da Revista UFO.

Colunista de vários sites da Internet e produtor e apresentador do programa "Viagem Espiritual", na Rádio Mundial de São Paulo – 95,7 FM.

Instrutor de cursos de Projeção da Consciência (Viagem Astral), Bioenergia (aura e chacras), Hinduísmo, Taoísmo, Hermetismo, Mediunidade, Obsessão e Desobsessão, Espiritualidade Celta, Espiritualidade Xamânica e temas espirituais em geral.


Produção literáriaParcela majoritária dos textos conscienciais escritos por Wagner Borges se relaciona direta ou indiretamente com o fenômeno da projeção da consciência. Além disso, há reflexões espiritualistas e espirituosas sobre vida após a morte, espiritualismo universalista, Ética universal, fanatismo religioso, autoconhecimento e qualidade de vida.

É um estilo coloquial, direto, sem rodeios e bem-humorado. Mescla poesia com assertivas contundentes, porém otimistas.

Há recorrente e acentuada alusão a conceitos filosóficos extraídos do hinduísmo e do espiritualismo laico. Também notamos nos artigos, crônicas e poemas de Wagner Borges inspiração em idéias e valores colhidos da doutrina espírita, da Conscienciologia, da Projeciologia, do esoterismo cristão, do budismo, do taoísmo e do misticismo oriental da Idade Antiga, a exemplo do hermetismo