A paz, este sentimento que vem de nós,
E a missão que cabe a nós, pelo Cristo, não é transferível,
A iluminar nossa alma e, a de quem nos ama,
Pois amando não declina de pequenos sacrifícios, aguardando o porvir,
Trazemos nossas lágrimas, que hoje são sublimes,
Sepulcro para os covardes, chama dos justos,
Posto sermos obreiros em luta, podemos ser chama,
Ainda que a trilha do porvir seja dura e sofrível.
A paz, que trazemos em nosso olhar,
Olhar que leva a paixão, a luz e ao rubor,
É prece a lubrificar corações em dor,
E é rasteio do jardim divino, a afastar o rancor,
É harmonia a plenipotenciar o mundo do outro,
Pois sem o outro, nosso jardim não é terreno propício,
É chocalhar em nós vibrações de amor,
Para jogar as sementes de nossa vida, pulcra flor.
A paz, esta mola mestra de nossa vida,
Sem ela nossa vida torna-se alimento sem sal,
Conduz sempre nosso coração à lógica, bom termo,
Lógica que não pressupõe sofismas, só o Cristo,
Amaremos com nossa bonança e beleza,
Mostrando-nos e aos nossos nossa real realeza,
Sem reclamar, gemer, sem tristeza,
Como reis que amam rainhas, príncipes e princesas.
A paz, que trazemos desmonta canhões,
Pois devemos ser caravaneiros da luz,
Dissimula brigas, para harmonia na terra,
Pois planta um segundo de alegria,
Para eternidade eterna e opulenta,
Pois distribui carinho e afeto a mão cheias,
Para o homem que acerta e ao que erra,
Mas sempre em direção ao mestre Jesus.
A paz, que temos em nosso tocar,
Com nossas varinhas de condão da fraternidade,
É melodia inconfundível que compraz,
De uma orquestra universal,
Mostra ao homem inseguro,
Afinal de contas, não somos todos?
Insegurança própria de quem é humano,
Levando ao Mundo calor e felicidade.
A paz de nossa presença,
Mesmo se estivermos em classes outras, quimeras,
É arremedo consciente do sol nascente,
De um jovem, de um maduro, de um adolescente,
É elegia, cantata, é verbo,
De nosso aparato evolutivo,
E ato de quem ama consciente,
Do humilde, do errático, do altivo.
A paz de vosso existir me alivia,
E, me dá alegria que jamais supus,
É fonte de altiva felicidade,
É caridade com o mestre Jesus.
Paulo Viotti, com a ajuda dos amigos espirituais (CC)
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