Também chamada de Continente perdido de Mu. Trata-se de um antiquíssimo continente que existia numa área de imensa extensão localizado provavelmente no oceano pacífico. O Hawai, nos dias atuais, era um local de grande altitute do antigo continente lemuriano. Em decorrência de ser uma área bastante alta, o Hawai sobreviveu ao cataclisma que varreu com as águas esse vasto continente.
Um dos maiores pesquisadores antigos a buscar evidências da existência da Lemúria foi James Churchward, um escritor britânico e autor do clássico “O Continente Perdido de Mu: Pátria do Homem.” No livro, Churchward afirma ter encontrado provas documentais da existência de Mu. Apesar da maioria dos cientistas ignorar estas descobertas, o autor afirmou ter decifrado antigas inscrições em pedra cujas citações traziam várias informações sobre a Lemúria. Além de relatar a existência do continente, essas inscrições, segundo Churchward mencionavam a sua localização e a sua extensão (9.600 quilômetros de Leste a Oeste, e 4.800 quilômetros de Norte a Sul). Churchward ainda afirma que a civilização da Lemúria teria existido há cerca de 200.000 anos e seria o berço, ou a pátria-mãe de toda a civilização humana.
O Continente de Mu, ou Lemúria, parece ter existido na Terra na pré-história, há dezenas ou centenas de milhares de anos. Alguns afirmam que a Lemúria é ainda mais antiga que essa estimativa. Consagrados ocultistas como Helena Blavatsky, Rudolf Steiner e Max Heindel arriscaram-se a redesenhar a história humana trazendo à tona a hipótese da Lemúria. Para muitos pesquisadores, a Lemúria teria sido contemporânea da Atlântida, inclusive com a ocorrência de várias guerras sérias e prolongadas entre os habitantes desses continentes. Fala-se também em várias guerras mágicas ou psíquicas entre membros dos dois lugares.
A Teosofia de Helena Blavatsky confirma a existência da Lemúria e declara que esse continente abrigou uma raça de seres humanos que compunham a chamada terceira raça-raiz. Diz a literatura Teosófica que a Lemúria foi o primeiro local onde moraram as primeiras raças que se manifestaram em corpo físico do planeta. Antes desse tipo humano, existiram mais duas raças que eram apenas etéreas, ou seja, sem organismo físico.
Na “Doutrina Secreta”, Blavatsky afirma que a raça-raiz lemuriana era hermafrodita nos seus primórdios e que com o passar do tempo foi se criando a distinção entre macho e fêmea. Blavatsky chama essa raça de “nascidos do ovo”, pois a princípio os seres se reproduziam por meio de um ovo. No final do ciclo da terceira raça o homem já possuía a reprodução sexuada tal como se conhece hoje. De qualquer modo, essas informações são o resultado de percepção clarividente e até o momento ainda não foram confirmadas pelas pesquisas com regressão.
Encontramos referências na literatura esotérica e na palavra de clarividentes de que a Lemúria foi o berço de uma antiga civilização em que os homens possuíam uma ligação mais íntima com seu eu superior. Dizem os esoteristas que o povo da Lemúria não estava limitado por qualquer barreira psíquica restritiva no contato direto com os planos espirituais. Isso era possível por que os lemurianos possuíam corpos etéricos antes do corpo se tornar denso e material. Dessa forma, a visão clarividente e outros poderes psíquicos eram de uso corrente para todos eles. Além disso, os lemurianos estavam plenamente integrados com a natureza e, por este motivo, não sofriam de doenças como as que conhecemos hoje.
Com o passar do tempo, porém, parece que essa situação foi se modificando e as distorções foram se tornando mais freqüentes, até que o egoísmo, o orgulho, desejo de poder e outros defeitos que ainda fazem parte do cotidiano do homem atual levaram a totalidade do continente de Mu à ruína e à destruição completa. Diz-se que alguns dos seus habitantes teriam sobrevivido ao grande cataclisma e migrado para as Américas e outras partes do mundo.
Os habitantes de Mu possuíam seu terceiro olho muito desenvolvido. Os lêmures foram associados à lenda dos antigos ciclopes: seres com um olho só. Esse olho seria a expressão orgânica da glândula pineal, uma estrutura material que lhes permitia um grande poder paranormal, como telepatia, telecinesia, dentre outros. Hoje em dia a glândula pineal tornou-se uma estrutura interna no cérebro humano e foi gradativamente atrofiando, pela ausência de uso ou utilização equivocada. Pesquisas modernas, como as do psiquiatra brasileiro Sérgio Felipe de Oliveira indicam grande potencial da glândula pineal na mediunidade e na produção de poderes psíquicos.
Embora esses relatos não sejam tão comuns, é possível aos terapeutas de vidas passadas ver junto aos seus clientes casos em que uma pessoa teve vidas na Lemúria. Por se tratar de uma existência extremamente antiga, essa memória pode não ser tão vívida como a memória, por exemplo, de nossa última existência. De qualquer forma, muitos terapeutas relatam já terem visto casos de pessoas que viveram nesse misterioso continente. Segundo Hans Tendam, a Lemúria foi o palco de muitas guerras por poder.
Helen Wambach, no livro “Recordando Vidas Passadas” afirma que uma pequena amostragem dos sujeitos que participaram de suas pesquisas relataram vidas na América pré-colombiana bem antiga. É curioso notar que, segundo Wambach, “Os sujeitos que regressaram a vidas na América do sul em 2000 A.C. descreveram civilizações que pareciam muito mais adiantadas”. Um dos sujeitos da experiência relatou o seguinte: “Era uma civilização muito adiantada e artística. Parece deslocada em quadra tão remota. Procurei saber a data de minha morte e verifiquei ser o ano de 2031 A.C. Vi com absoluta nitidez o índio que eu era, com meus cabelos pretos e corridos”. Wambach afirma que vários sujeitos descreveram coisas semelhantes em sua vida em 2000 A.C. na América.
Os relatos também falavam do mesmo tipo de construção, com grandes templos com pedras lisas, o clima quente e gostoso, uma escrita simbólica desconhecida e ensinamentos espirituais elevados. Um deles falou que um dos ensinamentos era da existência de que “O sol espiritual é Deus ou uma força”. Isso nos remete a crença dos antigos Maias a respeito do deus-sol, assim como possíveis conexões com o egito da dinastia do deus-solar. Wambach completa questionando se por acaso algumas de suas descobertas com o relatos dos sujeitos não seriam indivíduos originários de continentes desconhecidos, como a Atlântida [ou mesmo a Lemúria] que estariam fundando ali uma nova civilização. Talvez alguns povos da antiguidade, como egípcios, Maias, povos da América pré-colombiana e outros tenham como herança comum os continentes desconhecidos da Atlântida e da Lemúria.
(HUGO LAPA)
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