25 abril, 2011

ENTREGAR-SE A DEUS







A intuição da existência de um ser superior é inerente ao homem.



Em todos os tempos e culturas, o ser humano sempre buscou relacionar-se com a divindade.



A época atual bem reflete essa real necessidade do homem: ligar-se a Deus.



Tem-se a evolução científica e tecnológica, a cultura tornada acessível a um número antes impensável de pessoas, valores em constante mutação.



Viver torna-se em geral mais confortável, sob o prisma material, mas isso não traz paz para as criaturas.



A vida se torna sofisticada, há pressa para tudo, as relações se superficializam.



Mas, com a mesma rapidez com que se leva a existência, os problemas psicológicos grassam, as neuroses das mais diversas ordens surgem.



Num mundo de transitoriedades e coisas superficiais, a confiança em Deus surge como um consolo inestimável.



É bastante raro encontrar alguém que afirme não acreditar em Deus.



Ao mesmo tempo, a conduta da humanidade não espelha essa crença.



Por certo a natureza divina não é acessível ao nosso precário entendimento, mas a lógica ensina que o Criador obrigatoriamente possui determinadas virtudes em seu máximo potencial.



Assim, acreditar em Deus, como princípio e mantenedor do universo, implica reconhecer que ele é infinitamente bom, justo, sábio, onisciente, onipresente e todo-poderoso, dentre outros atributos.



A fé raciocinada e refletida difere substancialmente do mero acreditar, sem qualquer análise ou conseqüência.



A meditação sobre o significado da crença na divindade possui o condão de encher a criatura de paz.



Afirmar-se crente em Deus não pode ser uma simples fórmula, politicamente correta, para brilhar em conversas de salão.



Trata-se de uma opção consciente de vida, resultado de uma análise profunda, com severas implicações.



Acreditar sinceramente no Criador é incompatível com a revolta diante das dificuldades, fugas ao cumprimento do dever e comportamentos indignos das mais diversas ordens.



Se o Pai é bom, tudo pode e sabe, Ele deseja e providencia o melhor para todos.



O aluno que confia em seu professor não fica indagando da utilidade das tarefas que este lhe confia, ou mesmo reclamando de sua eventual dificuldade.



Executa-as, simplesmente, confiante na sabedoria, nos objetivos e no método de seu mestre.



Comportamento idêntico deve ser o de quem crê em Deus.



O ser em evolução não deve se preocupar excessivamente com fatos, mas em guardar dignidade frente a eles.



As ocorrências da vida se sucedem na conformidade das necessidades de experiência e evolução da criatura.



A existência na terra é uma abençoada escola, não uma estação de lazer.



A confiança no Pai pressupõe entrega, aceitação de que algumas dificuldades são inerentes ao viver, para o burilamento do ser.



Deus sabe o que faz e está sempre no controle de tudo.



A tarefa do homem é vivenciar com serenidade as ocorrências de sua vida.



Ele jamais deve se furtar ao cumprimento de seus deveres.



Ainda que estes sejam sacrificantes, correspondem à tarefa que o eterno, em sua infinita sabedoria, lhe confiou.



A criatura deve dar o melhor de si, trabalhar sempre para melhorar sua situação, pois o progresso é uma lei divina.



Mas sem angústia pelos resultados, pois o Pai celeste sabe o momento em que uma determinada prova atingiu seu fim.



Se você afirma crer em Deus, reflita se a sua vida espelha essa crença.



Crer no Pai não é apenas admitir sua existência, mas se entregar a Ele, mediante a serena e digna vivência dos deveres e problemas da vida.



Pense nisso!






Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.








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