11 julho, 2011

O PESO DO VIVER









Viver não é uma tarefa muito fácil.



Em todas as fases da vida os desafios se apresentam.



Na infância, há os trabalhos escolares, as tarefas cada vez mais complexas.



Na adolescência, perceber o mundo pode ser bastante doloroso.



Na juventude, deve-se optar por uma profissão e desenvolver esforços para conquistá-la.



Na época da maturidade, surgem problemas com filhos e abundam desafios profissionais.



Na velhice, o balanço do que se viveu pode causar decepção, sem falar nas forças físicas em declínio.



Permeando tudo isso, há problemas de saúde e amorosos, além de dificuldades com a família.



A vida é repleta de encontros e desencontros, de despedidas, lutas, vitórias e fracassos.



Dependendo do ângulo que se analisa, a vida pode parecer um castigo, um autêntico peso a ser suportado.



E realmente os problemas são inerentes ao viver.



Desconhece-se alguém que tenha atravessado a existência sem enfrentar dúvidas e crises.



Entretanto, viver é uma dádiva divina.



Embora a vida também envolva dores e sacrifícios, ela não se resume nisso.



Há a emoção do nascimento de um filho, a alegria de amar e ser amado, a beleza de um pôr-do-sol.



Depende de cada um escolher quais aspectos de sua existência irá valorizar.



É possível manter a mente focada na longa enfermidade que se atravessou, ou nas lições que com ela foram aprendidas.



Podem-se destacar os esforços feitos em determinada direção, ou a satisfação da vitória.



Conforme seja enfocado o aspecto positivo ou negativo das experiências, viver será algo mais ou menos leve.



Mas há outro aspecto a ser considerado a respeito das dificuldades inerentes à existência humana.



Como tudo no universo, os homens estão em constante aprimoramento.



Todos são espíritos, em jornada para a amplitude.



A existência terrena é um diminuto instante nessa maravilhosa viagem pelo infinito.



Após estagiar por longo tempo na seara do instinto, a humanidade desenvolve sua razão e ruma para a angelitude.



Para isso, necessita aprimorar sua sensibilidade, tornar-se valorosa e nobre.



As experiências com que a criatura se depara voltam-se justamente a prepará-la para seu glorioso porvir.



É preciso que os instintos gradualmente percam sua força, dando lugar às virtudes.



Assim, amar não mais como manifestação de posse, mas de forma sublime, preocupando-se em ver feliz o ser amado.



Educar a própria libido, percebendo-a como energia criativa, em harmonia com o cosmo.



Esquecer a tendência de dominar pela força, aprendendo a convencer pela lucidez dos argumentos.



Abdicar da violência, desenvolvendo a afabilidade e a doçura.



A vida chama as criaturas para um amanhã de luz, de paz e ventura.



Ocorre não ser possível cultivar um jardim em pleno charco.



Justamente por isso viver parece tão difícil.



É que os homens são constantemente convidados a abrir mão de velhos vícios.



Tanto maior seja a resistência em aprender a lição, tanto mais contundente ela será.



Assim, se você quer ser feliz, desfrutar de bem-estar, passe a remar a favor da maré.



Dome seus vícios, conscientizando-se de que eles é que o infelicitam e tornam sua existência penosa.



Ame a vida, seja honesto, trabalhador, bondoso e puro.



Em pouco tempo seu viver se tornará leve e prazeroso, pois você terá instalado um céu dentro de sua própria consciência.



(Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita. http://www.momento.com.br/)

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