07 novembro, 2010

O MOVIMENTO DA NOVA ERA






Na época atual é comum ouvirmos a expressão "Nova Era". Palavras como paradigma holístico, geração índigo, criança cristal, física quântica, medicina integrativa, chacras ou terapias alternativas já fazem parte do nosso vocabulário.



Mas, o que a Nova Era tem de novo?



Na verdade, nada.



A Nova Era se trata do conhecimento antigo traduzido para uma linguagem contemporânea.



As civilizações orientais mais antigas já citavam a medicina holística em 9000 a.C., portanto não há nada de novo e sim um agrupamento do passado com as informações da era tecnológica.



Hoje, num mundo mais livre, menos reprimido graças a uma época em que a liberdade é real e não vigiada ? ao menos em países como o Brasil - podemos falar de qualquer assunto sem repressão. Podemos expressar nossa opinião de forma livre, sem temer a morte através de uma fogueira ou guilhotina. O medo foi companheiro da humanidade durante milênios, marcado em nossas células a ferro e fogo, perdurando até os dias de hoje. Princípios como a nossa existência cíclica (reencarnação), por exemplo, caracterizam as "eras" da humanidade. Todos nós, dos ancestrais primatas ao homo sapiens, vivenciamos eras distintas, experimentamos vidas e sensações diferentes e, com isso, aprendemos, evoluímos, crescemos.



Desde a era primitiva, do "aprender a andar ereto" até a nossa atual era inteligente e digital, o homem sempre se defrontou com os mistérios da criação do universo, com o "quem sou", "de onde vim", "para onde vou". E nos momentos de transição entre as eras sempre surgem seres especiais que são formadores de opinião para introduzirem novos conceitos ou reafirmarem conceitos antigos que estão esquecidos, no intuito de ajudar no esclarecimento das principais dúvidas da humanidade.



Podemos chamar esses seres especiais de Grandes Mestres da Humanidade, porque são capazes de abandonar o ego simplesmente por amor. Porque têm senso de unidade, de que todos formamos uma única teia, uma rede de energia que nos interliga a cada ser que vive neste Planeta. Porque já nascem sabendo que em suas vidas existe uma missão específica e humildemente, deixam suas mensagens, muitas vezes em forma de parábolas, como o Mestre Jesus, em grandes livros como o Mestre Yogananda, ou em uma mensagem gravada em nossos corações, como a querida Madre Teresa. Seres que vêm a trabalho, a serviço do bem e da obra espiritual.



Entender a Nova Era é abandonar conceitos de dualismo, de separação e compreendermos que, assim como um conjunto de células trabalha em nosso corpo com harmonia e funções determinadas, nós também somos células com trabalhos específicos dentro de um grande organismo vivo: o Planeta Terra. Portanto, fazemos parte de um corpo maior e esse, por sua vez, também faz parte de algo maior chamado galáxia e, mais adiante, o Universo, que também compõe algo mais gigante ainda.



Essa Nova Era que começa a nascer compreende o ser humano como um ser sutil, composto por pontos energéticos que apresentam variações e ondas vibratórias conforme seus pensamentos, sentimentos e emoções. E realmente estamos acompanhando uma era onde os seres humanos vivenciam, a cada dia, os confrontos com sua alma, seja em frente ao espelho ou numa avenida engarrafada com buzinas ensurdecedoras. Nesses momentos, a um passo da loucura e do desespero, começam a aparecer os questionamentos que se deparam com nossa natureza essencial. Com isso, algumas perguntas tornam-se bem frequentes:



O que estou fazendo aqui, no meio deste trânsito?



É natural um nó de gravata em meu pescoço, apertando-me e me sufocando o dia inteiro?



É natural um salto tão alto machucando meus pés?



É natural respirar de forma ofegante, sem parar, uma vida inteira?



Se tenho um sistema imunológico autossuficiente é natural tomar tantas medicações?



E são tantas outras perguntas, que poderia existir um livro inteiro somente assim...



O fascínio pela era digital e tecnológica e pelas máquinas está dando lugar para uma reaproximação e encantamento com tudo aquilo que é natural, ou que é criado pelo Universo. O ser humano está sentindo ?necessidade de mato?. Cada vez mais. Uma necessidade natural de reaproximação com sua verdadeira família, com sua verdadeira morada e sua natureza.



*****



Caro leitor, para apurar se sua percepção está próxima do natural ou não, vamos fazer uma pequena brincadeira! Vamos falar algumas palavras bem no seu ouvido. Você vai lendo e calmamente imaginando e sentindo o que elas despertam em seu coração, que tipo de emoção lhe vem à mente:



Opção 1) Buzina, trânsito, fila de banco, escritório, fast-food, centro da cidade, rodoviária, gravata, salto alto, stress, cafezinho, ônibus, caminhão, camelô, farmácia, raiva, mágoa, irritação, nervosismo, stress, dor.



OK. Se você sobreviveu a tudo isso, podemos continuar.



Opção 2) Cachoeira, flor, cristal, amarelo, sol, suco natural, cachorro, alma, oração, bebê sorrindo, borboleta voando, cabelo ao vento, mar, montanha, som da água, beija-flor, abraço, risada, amor, confiança, respeito, humildade, fé.



O que lhe pareceu mais natural? Se a segunda opção for mais frequente em sua vida, parabéns! Você começa a tomar consciência de quem realmente é. Um ser humano, energético que dispõe internamente de todos os recursos de cura e que não precisa buscar equilíbrio externamente. Se a primeira opção se apresenta mais frequente em sua vida, o botão de alerta precisa ser acionado! É hora de fazer sua reforma íntima, antes que a doença se manifeste. Muitas vezes a palavra ?reforma? nos assusta. O que lembramos quando falamos na reforma de uma casa, por exemplo? Trabalho, pó, sujeira, cansaço. Talvez para transformar-se, você passe por tudo isso, porém, depois da reforma, com tudo limpo e em seus devidos lugares, a sensação de paz e satisfação é indescritível, não é mesmo?



Para uma boa reforma, precisamos adentrar em uma Nova Era, que nada mais é do que prestar atenção em si mesmo, pois a todo instante nosso corpo sinaliza se estamos vivendo conforme nossa natureza ou não. O ser humano só está presente e sobrevive até hoje aqui no Planeta Terra pela sua incrível capacidade de adaptação às situações mais adversas. Porém, é preciso equilibrar-se. Precisamos de ar puro, de sol, de natureza. É natural! É inerente... Não há como dissociar o ser humano da natureza, pois dela fazemos parte. O acúmulo de dias, meses, anos em um ambiente tenso, desequilibrado, competitivo e barulhento destrói qualquer saúde. E quando você precisar de algo externo, como várias caixas de medicação alopática, cuidado: é um alerta do não se conhecer !!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não existe aqui, de forma alguma, a intenção de firmar a extinção da alopatia... Isso é até engraçado e não falamos disso... Nunca! Precisamos das medicações alopáticas tanto quanto das medicações vibracionais, o propósito é justamente a integração das duas verdades, com equilíbrio e consciência!



Precisamos muito uns dos outros, pois cada um se destaca onde tem maior habilidade, de acordo com as características e experiências de seu espírito. Todas as profissões são louváveis e exigem seres humanos competentes e dedicados, como se fosse um verdadeiro sacerdócio. Porém, é necessário dosar o trabalho e manter o equilíbrio. Uma célebre frase do Dalai Lama diz que os homens gastam toda a saúde para ganhar dinheiro e depois todo o dinheiro para recuperar a saúde. Parece incoerente e ilusório. E realmente é!



De onde veio toda essa fome pelo stress e pelo trabalho? Você já parou para pensar nisso? Por que trabalhar tanto?



Muitas pessoas afirmam que gostam de trabalhar para se distrair. Mas distrair-se de quê? Provavelmente da evolução espiritual, pois quando ficamos sozinhos e quietos, isso nos incomoda. Nesses momentos somos obrigados a olhar para dentro de nós mesmos. E desse caminho surge uma realidade permeada pelos mais diversos conflitos. Começamos a perceber nossas inferioridades, medos, angústias e, principalmente, nossa covardia em assumir quem realmente somos: seres divinos.



Por todos esses motivos, precisamos nos distrair... com um bom carnaval, com futebol, reality-shows, uma cervejinha, uma ilusãozinha, um cigarrinho. Depois uma doençazinha. Quem sabe uma depressãozinha? E, mais tarde, o fim da vidinha vazia e cheinha de ilusões.



Concentrar-nos em nós mesmos e nos reavaliar constantemente deveriam ser práticas diárias. Essa é a felicidade real, um exame constante da nossa missão de alma: a maior característica da Nova Era.



É necessário nos libertar-mos dos conceitos que estão enraizados em nossas mentes, como o de que somos máquinas ou robôs que precisam produzir para cada vez mais acumular riquezas materiais. Os bens materiais existem para que tenhamos conforto, afinal vivemos aqui, em um planeta material, mas jamais devemos nos tornar escravos do sistema.



Não somos máquinas. Somos partículas de Deus e, como Ele, devemos contemplar a beleza do natural...



Não precisamos trabalhar até a exaustão, cumprindo uma rotina estressante, distraindo-nos na mesmice automática e esquecendo de quem realmente somos: uma alma crística.



Então fica aqui a dica de organizar a rotina de maneira que a cada dia exista um tempo de oração, de interiorização, de sentir-se... perceber-se... alongar-se... e alinhar-se com a fonte cósmica de energia!!!!!!!!!!



E se isso é tão positivo, por que não o fazemos todos os dias?



Ahhhhhhh, porque precisamos de um carro melhor. Uma casa melhor. Uma roupa melhor... De mais dinheiro... E isso nunca acaba. É um vício tão terrível quanto o das drogas ou do álcool!!! E por que queremos sempre mais e mais? Todos os prazeres e satisfações provenientes das coisas materiais são efêmeros, durando muito pouco tempo: são descartáveis e, assim que conseguimos o que queremos, acabou a graça... Viciamo-nos na matéria e nos desejos materiais, do querer cada vez mais!



Será que em um único mês de férias conseguimos compensar o desgaste de um ano inteiro de stress? Ou será mais viável construir pequenas doses diárias de prazeres que transpõem o tempo e que são verdadeiros antídotos para aniquilar a preocupação da nossa vida?



Normalmente o que nos traz preocupação, angústia e ansiedade são situações onde nada podemos fazer. Então, as preocupações só nos trazem a doença.



Tudo o que começa de forma natural deve ser resolvido da mesma forma. A sabedoria budista refere-se aos pensamentos nocivos como ?venenos da mente? e aos sentimentos nobres como ?antídotos?. E são esses antídotos que os Grandes Mestres da Humanidade sempre nos trouxeram... São esses os presentes que recebemos deles e que a grande maioria de nós, seres humanos, não soubemos aproveitar...



Esse movimento teve a iniciativa a partir do momento que almas inquietas começaram a reencarnar no nosso Planeta. Essa busca constante por respostas, e principalmente por uma ligação direta com Deus sempre proporcionou evolução. Um crescimento que quase nenhuma estrutura religiosa do mundo conseguiu, através de seus dogmas engessados, explicar na totalidade, o que reforça ainda mais o entendimento, que nenhuma religião pode responder a todos os anseios dessas almas irriquietas. E principalmente, traz a tona, algo que os Grandes Mestres da humanidade sempre falaram, o melhor caminho é o caminho do coração, e a melhor religião é a do amor universal. Mais do que isso, o fato nos mostra que são os corações sedentos por respostas, os grandes responsáveis por esse momento tão abençoado para todos nós.





Fonte:



CÂNDIDO, Patrícia. Grandes Mestres da Humanidade - Lições da Amor para a Nova Era. Porto Alegre, Luz da Serra Editora, 2008.

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