18 dezembro, 2010

SÓ O AMOR É REAL


As almas gêmeas são pessoas eternamente ligadas pelo amor, que voltam a se unir repetidamente, vida após vida. Alguns dos momentos mais comoventes e importantes de nossa existência são aqueles em que descobrimos e reconhecemos nossas almas gêmeas e tomamos decisões que nos transformam a vida.
           
O destino determina o encontro de almas gêmeas. Estamos fadados a encontrá-las. Mas o que decidimos fazer depois desse encontro depende de opção ou de livre arbítrio. Uma opção errada ou uma oportunidade perdida pode resultar incrível solidão e sofrimento.
               
  Escolhas certas e oportunidades realizadas podem nos trazer profunda satisfação e felicidade. Para cada um de nós existe alguma pessoa especial. Muitas vezes, existem duas, três, ou mesmo quatro.Todas vêm de gerações diferentes. Atravessaram oceanos de tempo e profundidades celestiais para estarem conosco novamente. Vêm do outro lado, do céu. 

Podem parecer diferentes, mas nossos corações as reconhecem. Nosso coração as abrigou em braços como os nossos nos desertos do Egito, sob o luar, e nas planícies antigas da Mongólia. Marchamos juntos nos exércitos de generais guerreiros que a história esqueceu, e vivemos com elas nas cavernas cobertas de areias dos homens antigos. 

Há entre elas e nós um laço eterno, que nunca nos deixa sós. A nossa mente pode interferir "eu não te conheço". Mas o coração sabe. Ele toma nossa mão pela primeira vez, e a lembrança daquele toque transcende o tempo e faz disparar uma corrente que percorre todos os átomos do nosso ser. Ele nos olha nos olhos e vemos um espírito que nos vem acompanhando a séculos. Há uma estranha sensação em nosso estômago. Nossa pele se arrepia.

Tudo que existe fora desse momento perde a importância. Ele pode não nos conhecer, muito embora tenhamos finalmente nos reencontrado, embora o conheçamos. Sentimos a ligação. Vemos o potencial, o futuro. Mas ele não o vê. Temores, racionalizações, problemas cobrem-lhe os olhos com um véu. 

Ele não permite que afastemos o véu. Sonhamos e sofremos, mas ele se vai. O destino tem seus caprichos. Quando os dois se reconhecem, nenhum vulcão é capaz de explodir com força igual. A energia liberada é tremenda. 

O reconhecimento da alma pode ser imediato. Uma súbita sensação de familiaridade, de conhecer aquela pessoa em níveis mais elevados do que a mente consciente poderia alcançar. Em níveis geralmente reservados aos mais íntimos membros da família. Ou ainda mais profundos. Sabemos intuitivamente o que dizer, como ele vai reagir.

Um sentimento de segurança e uma confiança muito maior do que se poderia atingir em apenas um dia, uma semana ou um mês. O reconhecimento da alma pode ser sutil e lento. Um despertar da consciência à medida que o véu vai sendo aos poucos levantado. Nem todos estão prontos pra ver imediatamente.

Há um ritmo nisso tudo, a paciência pode ser necessária àquele que percebe primeiro. Um olhar, um sonho, uma lembrança, uma sensação podem fazer com que despertemos para a presença do espírito companheiro. O toque de suas mãos ou o beijo de seus lábios pode nos despertar e projetar-nos subitamente de volta à vida.

O toque que nos desperta pode ser de um filho, de um pai, de uma mãe, de um irmão ou de um amigo leal. Ou pode ser da pessoa a que amamos, que atravessa os séculos para nos beijar mais uma vez lembrar-nos de que estamos juntos sempre, até o fim dos tempos.

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