Minha alma antiga de memória infinita,
percorre o espaço tempo dos mundos
em milimétricos segundos.
traz nela muitas vidas,
traz nela lições aprendidas,
traz nela remissões
e redenções a serem seguidas.
Minha alma antiga de memória infinita,
tem mistérios que só ela conhece;
não tem idade,
não tem sexo,
caminha entre os eixos da eternidade
e, neste ato contínuo de viver,
atos raros e reflexos em lapsos,
fazem-me lembrar um momento...
Fazem-me sentir a falta de um certo querer..
Minha alma antiga
vinda de memória infinita,
vive nova vida...
Durante o dia, presa em terrena matéria,
aguarda a noite que a liberta
para resgatar parte de sua história
na realidade etérea.
Minha alma antiga de memória infinita,
viaja... não sei por quanto tempo ainda.
Talvez seja sua sina
perseguir algo que não atina,
alcançar o entendimento uno da vida
em filosofias que criam e recriam conceitos
na busca incessante de um mundo perfeito?
Ou, quem sabe, o de perseguir sua metade,
a que se perdeu no caminho,
a que está contida,
à espera,
em sua presumível realidade.
Regina SantAnna
Publicado no Recanto das Letras em 24/02/2007
Código do texto: T392427
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