No começo, dizem, havia o Eterno, o Infinito, o Único.
No meio, dizem, está o Finito, o Transiente, os Muitos.
No fim, dizem, estará o Único, o Infinito, o Eterno.
Mas quando foi o começo? Em nenhum momento do Tempo, porque o começo existe a todo momento; o começo sempre era, sempre é e sempre será.
O divino começo está antes do Tempo, no Tempo e além do Tempo para sempre.
O Eterno, Infinito e Único é um começo sem fim.
E onde está o meio? Não existe meio; há apenas uma junção do perpétuo fim e o eterno começo; é o início de uma criação que é nova a cada momento.
A criação era para sempre, é para sempre, será para sempre. O Infinito Eterno e Único é o mágico meio tempo de sua própria existência; é ele que é a criação sem princípio nem fim.
E quando será o fim? Não há fim. Em nenhum momento concebível pode haver uma interrupção. Porque todo fim de coisas é o começo de novas coisas que são ainda o mesmo único em aparência sempre progressiva e sempre periódica.
Nada pode ser destruído, porque tudo é Ele, que é para sempre.
O Infinito Eterno e Único é o fim inimaginável que nunca conclui o novo panorama interminável de sua glória.
(Texto extraído do excelente livro "Sabedoria de Sry Aurobindo" – Editora Shakti)
- Nota de Wagner Borges: Sry Aurobindo (Aurobindo Ghose - Índia, 1872-1950) foi um dos maiores mestres da Índia. O seu trabalho tornou-se conhecido como “O Yoga Integral”, porque, como ele dizia, “Toda vida é Yoga”.
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