01 fevereiro, 2011

REINO DE SHAMBALLAH





Nosso Reino SHAMBHALA








Olá amigos, hoje quero falar de um lugar distante, cheio de magia. Na tradição do oriente através do Budismo Tibetano, existe Shambhala, um reino mítico oculto na cordilheira do Himalaia, ali na Ásia central, próximo da Sibéria. Considerada a capital do Reino de Agartha, constituído, segundo as cosmologias do taoismo, hinduismo e budismo, por oito cidades etéricas. É mencionada no Kalachakra Tantra [1] e nos textos da cultura Zhang Zhung, que antecedeu o Budismo no Tibet. A religião Bon o chama de Olmolungring [2].





Shambhala significa em sânscrito "um lugar de paz, felicidade, tranqüilidade", e todos os seus habitantes são deuses iluminados. A linha Tantra afirma que um dos reis de Shambhala, Suchandra, recebeu de Buda o Kalachakra Tantra e que este ensinamento é lá preservado. Segundo esta tradição, quando o Bem tiver desaparecido de sobre a Terra, o 25º rei de Shambhala aparecerá para combater o Mal e introduzir o mundo em uma nova Idade de Ouro.





Shambhala também é associada ao império histórico Sriwijaya, onde o mestre Atisha estudou sob Dharmakirti e recebeu a iniciação Kalachakra.

Inspiração para a criação literária do inglês James Hilton Lost Horizon (1925), passa a ser também conhecida e referida como Shangri-la[3], mas entre os hinduístas o nome é mencionado nos Puranas como sendo o lugar de onde surgirá o avatar Kalki, que libertará a Terra das forças disruptivas e restabelecerá a Lei Divina. [4]





Também há outros conceitos religiosos para Shambhala, como um significado oculto e um manifesto. A forma manifesta tem [Shambhala como um local físico, embora só podendo ser penetrado por indivíduos cujo bom karma o permite. Estaria em algum ponto do deserto de Gobi, ladeada pela China a leste, Sibéira ao norte, Tibete e Índia ao sul, Khotan a oeste [5]. A interpretação oculta diz que não é um lugar terreno, mas sim interior, comparável à Terra Pura do Budismo, de caráter mental e moral, ou a um estado de iluminação a que toda pessoa pode aspirar e alcançar [6].







Segundo os ensinamentos escritos e orais do Kalachakra, transmitidos ao explorador Andrew Tomas por Khamtul Jhamyang Thondup, do Conselho de Assuntos Religiosos e Culturais do Dalai Lama, a aparência de Shambhala variaria segundo a natureza espiritual do observador: "por exemplo, certa ribeira, pura e simplesmente a mesma, pode ser vista pelos deuses como um rio de néctar, como um rio de água pelos homens, como uma mistura de pus e sangue pelos fantasmas esfomeados, e por outras criaturas como um elemento no qual se vive"[7].



Aqui no Ocidente



A idéia de uma Terra de Iluminados exerceu atração no ocidente desde sua difusão inicial no século XVII a partir de fragmentos do Budismo tibetano que conseguiram, através de exploradores e missionários, ultrapassar as usualmente fechadas fronteiras tibetanas e da Teosofia, propagada pioneiramente por Helena Petrovna Blavatsky no século XIX.



As primeiras informações sobre este lugar chegaram ao ocidente pelos missionários católicos João Cabral e Estêvão Cacella, que ouviram referências sobre Shambhala - transcrita como Xembala - e imaginaram que se tratasse de um nome alternativo de Catai, a China. Dirigindo-se ao Tibete em 1627, descobriram o equívoco e retornaram à Índia de onde haviam saído [8].

Em 1833 apareceu o primeiro relato geográfico sobre a região, escrito pelo erudito húngaro Alexander Csoma de Köros, que mencionou "um país fabuloso no norte, situado entre 45º e 50º de latitude norte".



No final do século Shambhala foi mencionada por Helena Petrovna Blavatsky em seus livros, e desde então se tornou um nome familiar no ocidente, disseminando-se entre os cultos esotéricos e estimulando expedições em tentativas de localização - Nicholas Roerich (1926), Yakov Blumkin (1928), Heinrich Himmler e Rudolf Hess (1930, 1934-35, 1938-39) [9] [10].



Shambhala foi mencionada diversas vezes por Blavatsky, que alegava estar em contato com alguns de seus habitantes, todos pertencentes à Grande Fraternidade Branca. Segundo a Teosofia, Shambhala é tanto um lugar físico como um espiritual. Teria sido antigamente uma ilha quando a Ásia central ainda era um mar, há milhões de anos, a chamada Ilha Branca, ou Ilha Sagrada, e teria sido ali que os Senhores da Chama, os progenitores espirituais da raça humana, liderados por Sanat Kumara, teriam chegado e se estabelecido, vindos de Vênus [11]. Atualmente a ilha seria um oásis no Deserto de Gobi, protegida de intrusos por meios espirituais [12]. Escolas derivadas da Teosofia fazem menções ainda mais freqüentes ao lugar, enfatizando sua natureza espiritual e localizando-a invisivelmente no plano etérico ou astral.



Shambhala também foi objeto de interesse escuso de ocultistas ligados ao Nazismo, que a viam como fonte de poder. A maciça maioria de referências literárias e testemunhos a descrevem como um lugar abençoado, que tem sido fonte de inspiração para abundante literatura, bem como associações com a cultura popular, como cenário ou tema de filmes, romances, músicas, documentários, histórias em quadrinhos e jogos.



Seja como for, hoje, Shambala é para poucos e está em nobres corações onde no seu intimo sabem a verdade. E as portas para esse reino se abrem dentro da sua mente. (>.<) Namastê amigos!!!





Existe muitas refefrencias a respeito, veja:



↑ Fic, Victor M. The Tantra. Abhinav Publications, 2003, p.49.

↑ Kavǣrne, Per. The Bon Religion of Tibet. Shambhala, 1996

↑ Tomas, Andrew' Shambhala. A misteriosa civilização tibetana. Lisboa, Bertrand, 1979, p52;213

↑ Blavatsky, Helena P. Glossário Teosófico. São Paulo: Ground, s/d.

↑ Tomas, Andrew., idem, p218

↑ Trungpa, Chögyam. Shambhala, The Sacred Path of the Warrior. Shambhala, 1988

↑ Tomas, Andrew., ibidem, pp217/218

↑ Bernbaum, Edwin. The Way to Shambhala. Los Angeles: Jeremy P. Tarcher, Inc. 1980-1989. pp. 18-19. ISBN 0-87477-518-3.

↑ Archer, Kenneth. Roerich East & West. Parkstone Press 1999, p.94

↑ Hale, Christopher. Himmler's Crusade. John Wiley & Sons, Inc. 2003

↑ Leadbeater, Charles. W. The Masters and the Path. Adyar: The Theosophical Publishing House, 1925-1927 [1]

↑ Besant, Annie. The Inner Government of the World. Adyar: The Theosophical Publishing House, 1920-1940 [2]



Berzin, Alexander. The Berzin Archives - Mistaken Foreign Myths about Shambhala. (2003). [3].

Martin, Dean. Ol-mo-lung-ring, the Original Holy Place. In: Toni Huber (ed.). Sacred Spaces and Powerful Places In Tibetan Culture: A Collection of Essays. Dharamsala: The Library of Tibetan Works and Archives, 1999. pp. 125-153. ISBN 81-86470-22-0.

Bernbaum, Edwin. The Way to Shambhala: A Search for the Mythical Kingdom Beyond the Himalayas. Nova Iorque: St. Martin's Press, 1980-1989. ISBN 0-87477-518-3.

Jeffrey, Jason. Mystery of Shambhala. In New Dawn, No. 72 (maio-junho 2002).[4]

Trungpa, Chogyam. Shambhala: The Sacred Path of the Warrior. Shambhala Publications. ISBN 0-87773-264-7.

Le Page, Victoria. Shambhala: The Fascinating Truth behind the Myth of Shangri-La. ISBN 0-8356-0750-X [5]

Allen, Charles. The Search for Shangri-La: A Journey into Tibetan History. Little, Brown & Co. Reimpresso por Abacus, Londres. 1999-2000. ISBN 0-349-111421.

Symmes, Patrick. The Kingdom of the Lotus. In Outside, Edição especial de 30 anos, pp. 148-187. Red Oak: Mariah Media, Inc. 2007.

Tomas, Andrew Shambhala. A misteriosa civilização tibetana. Lisboa, Bertrand, 1979.




Olá amigos, hoje quero falar de um lugar distante, cheio de magia. Na tradição do oriente através do Budismo Tibetano, existe Shambhala, um reino mítico oculto na cordilheira do Himalaia, ali na Ásia central, próximo da Sibéria. Considerada a capital do Reino de Agartha, constituído, segundo as cosmologias do taoismo, hinduismo e budismo, por oito cidades etéricas. É mencionada no Kalachakra Tantra [1] e nos textos da cultura Zhang Zhung, que antecedeu o Budismo no Tibet. A religião Bon o chama de Olmolungring [2].





Shambhala significa em sânscrito "um lugar de paz, felicidade, tranqüilidade", e todos os seus habitantes são deuses iluminados. A linha Tantra afirma que um dos reis de Shambhala, Suchandra, recebeu de Buda o Kalachakra Tantra e que este ensinamento é lá preservado. Segundo esta tradição, quando o Bem tiver desaparecido de sobre a Terra, o 25º rei de Shambhala aparecerá para combater o Mal e introduzir o mundo em uma nova Idade de Ouro.





Shambhala também é associada ao império histórico Sriwijaya, onde o mestre Atisha estudou sob Dharmakirti e recebeu a iniciação Kalachakra.

Inspiração para a criação literária do inglês James Hilton Lost Horizon (1925), passa a ser também conhecida e referida como Shangri-la[3], mas entre os hinduístas o nome é mencionado nos Puranas como sendo o lugar de onde surgirá o avatar Kalki, que libertará a Terra das forças disruptivas e restabelecerá a Lei Divina. [4]





Também há outros conceitos religiosos para Shambhala, como um significado oculto e um manifesto. A forma manifesta tem [Shambhala como um local físico, embora só podendo ser penetrado por indivíduos cujo bom karma o permite. Estaria em algum ponto do deserto de Gobi, ladeada pela China a leste, Sibéira ao norte, Tibete e Índia ao sul, Khotan a oeste [5]. A interpretação oculta diz que não é um lugar terreno, mas sim interior, comparável à Terra Pura do Budismo, de caráter mental e moral, ou a um estado de iluminação a que toda pessoa pode aspirar e alcançar [6].







Segundo os ensinamentos escritos e orais do Kalachakra, transmitidos ao explorador Andrew Tomas por Khamtul Jhamyang Thondup, do Conselho de Assuntos Religiosos e Culturais do Dalai Lama, a aparência de Shambhala variaria segundo a natureza espiritual do observador: "por exemplo, certa ribeira, pura e simplesmente a mesma, pode ser vista pelos deuses como um rio de néctar, como um rio de água pelos homens, como uma mistura de pus e sangue pelos fantasmas esfomeados, e por outras criaturas como um elemento no qual se vive"[7].



Aqui no Ocidente



A idéia de uma Terra de Iluminados exerceu atração no ocidente desde sua difusão inicial no século XVII a partir de fragmentos do Budismo tibetano que conseguiram, através de exploradores e missionários, ultrapassar as usualmente fechadas fronteiras tibetanas e da Teosofia, propagada pioneiramente por Helena Petrovna Blavatsky no século XIX.



As primeiras informações sobre este lugar chegaram ao ocidente pelos missionários católicos João Cabral e Estêvão Cacella, que ouviram referências sobre Shambhala - transcrita como Xembala - e imaginaram que se tratasse de um nome alternativo de Catai, a China. Dirigindo-se ao Tibete em 1627, descobriram o equívoco e retornaram à Índia de onde haviam saído [8].

Em 1833 apareceu o primeiro relato geográfico sobre a região, escrito pelo erudito húngaro Alexander Csoma de Köros, que mencionou "um país fabuloso no norte, situado entre 45º e 50º de latitude norte".



No final do século Shambhala foi mencionada por Helena Petrovna Blavatsky em seus livros, e desde então se tornou um nome familiar no ocidente, disseminando-se entre os cultos esotéricos e estimulando expedições em tentativas de localização - Nicholas Roerich (1926), Yakov Blumkin (1928), Heinrich Himmler e Rudolf Hess (1930, 1934-35, 1938-39) [9] [10].



Shambhala foi mencionada diversas vezes por Blavatsky, que alegava estar em contato com alguns de seus habitantes, todos pertencentes à Grande Fraternidade Branca. Segundo a Teosofia, Shambhala é tanto um lugar físico como um espiritual. Teria sido antigamente uma ilha quando a Ásia central ainda era um mar, há milhões de anos, a chamada Ilha Branca, ou Ilha Sagrada, e teria sido ali que os Senhores da Chama, os progenitores espirituais da raça humana, liderados por Sanat Kumara, teriam chegado e se estabelecido, vindos de Vênus [11]. Atualmente a ilha seria um oásis no Deserto de Gobi, protegida de intrusos por meios espirituais [12]. Escolas derivadas da Teosofia fazem menções ainda mais freqüentes ao lugar, enfatizando sua natureza espiritual e localizando-a invisivelmente no plano etérico ou astral.



Shambhala também foi objeto de interesse escuso de ocultistas ligados ao Nazismo, que a viam como fonte de poder. A maciça maioria de referências literárias e testemunhos a descrevem como um lugar abençoado, que tem sido fonte de inspiração para abundante literatura, bem como associações com a cultura popular, como cenário ou tema de filmes, romances, músicas, documentários, histórias em quadrinhos e jogos.



Seja como for, hoje, Shambala é para poucos e está em nobres corações onde no seu intimo sabem a verdade. E as portas para esse reino se abrem dentro da sua mente. (>.<) Namastê amigos!!!





Existe muitas refefrencias a respeito, veja:



↑ Fic, Victor M. The Tantra. Abhinav Publications, 2003, p.49.

↑ Kavǣrne, Per. The Bon Religion of Tibet. Shambhala, 1996

↑ Tomas, Andrew' Shambhala. A misteriosa civilização tibetana. Lisboa, Bertrand, 1979, p52;213

↑ Blavatsky, Helena P. Glossário Teosófico. São Paulo: Ground, s/d.

↑ Tomas, Andrew., idem, p218

↑ Trungpa, Chögyam. Shambhala, The Sacred Path of the Warrior. Shambhala, 1988

↑ Tomas, Andrew., ibidem, pp217/218

↑ Bernbaum, Edwin. The Way to Shambhala. Los Angeles: Jeremy P. Tarcher, Inc. 1980-1989. pp. 18-19. ISBN 0-87477-518-3.

↑ Archer, Kenneth. Roerich East & West. Parkstone Press 1999, p.94

↑ Hale, Christopher. Himmler's Crusade. John Wiley & Sons, Inc. 2003

↑ Leadbeater, Charles. W. The Masters and the Path. Adyar: The Theosophical Publishing House, 1925-1927 [1]

↑ Besant, Annie. The Inner Government of the World. Adyar: The Theosophical Publishing House, 1920-1940 [2]



Berzin, Alexander. The Berzin Archives - Mistaken Foreign Myths about Shambhala. (2003). [3].

Martin, Dean. Ol-mo-lung-ring, the Original Holy Place. In: Toni Huber (ed.). Sacred Spaces and Powerful Places In Tibetan Culture: A Collection of Essays. Dharamsala: The Library of Tibetan Works and Archives, 1999. pp. 125-153. ISBN 81-86470-22-0.

Bernbaum, Edwin. The Way to Shambhala: A Search for the Mythical Kingdom Beyond the Himalayas. Nova Iorque: St. Martin's Press, 1980-1989. ISBN 0-87477-518-3.

Jeffrey, Jason. Mystery of Shambhala. In New Dawn, No. 72 (maio-junho 2002).[4]

Trungpa, Chogyam. Shambhala: The Sacred Path of the Warrior. Shambhala Publications. ISBN 0-87773-264-7.

Le Page, Victoria. Shambhala: The Fascinating Truth behind the Myth of Shangri-La. ISBN 0-8356-0750-X [5]

Allen, Charles. The Search for Shangri-La: A Journey into Tibetan History. Little, Brown & Co. Reimpresso por Abacus, Londres. 1999-2000. ISBN 0-349-111421.

Symmes, Patrick. The Kingdom of the Lotus. In Outside, Edição especial de 30 anos, pp. 148-187. Red Oak: Mariah Media, Inc. 2007.

Tomas, Andrew Shambhala. A misteriosa civilização tibetana. Lisboa, Bertrand, 1979.

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